domingo, abril 30, 2006
Escravidão
Com o discurso de Sócrates no parlamento ficámos a saber um pouco mais do que nos espera.
Se o provérbio diz que enquanto há vida, há esperança, ontem passámos a conhecer uma nova versão: enquanto há vida, há que trabalhar. Emprego, esse será mais duvidoso, já que o mercado de trabalho rejeita trabalhadores de 50 ou mesmo 40 anos e muitos jovens não têm melhor futuro.
A esperança de vida deixa de ser um ganho social, para ser um ganho de exploração, nem que seja pela subida do desemprego e baixa de salários.
Gostava de ilustrar as diferentes facetas/leituras da mesma proposta com a apresentação de alguns títulos de jornais:
- Público: «Trabalhar mais anos, descontar mais e receber menos reforma»
- Diário de Notícias: «Reformas mais baixas para todos já em 2007»
- Jornal de Notícias: «Menos reforma e mais longe»
- 24horas: «Sócrates deixa de garantir reformas aos 65 anos»
Em dois dos jornais económicos, a história é um pouco diferente:
- Jornal de Negócios: «Pensões mudam você escolhe»
- Diário Económico: «Governo garante reformas mas pede mais anos de trabalho»
- Semanário Económico: «Governo estuda carreira contributiva com 42 anos»
Uma vez mais os roubos dos sucessivos governos (já aqui denunciados) são "esquecidos". Quem paga são os mesmos de sempre com a agravante de daqui a uns anos certamente haverá outros Sócrates com a mesma conversa.
E agora toca a trabalhar antes que o Sócrates nos apanhe a conversar...
retirado de:
http://obitoque.blogspot.com/
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1 comentário:
Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu
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