quarta-feira, maio 31, 2006

Irão e contra-informação

"Gozando de uma impunidade confirmada desde o 11 de Setembro e da guerra do Iraque, os neoconservadores já não hesitam em utilizar as mais altas funções dos Estados para espalhar rumores e calúnias. Manipulando meios de comunicação social que privilegiam a reactividade e a emoção à verificação e à análise, acusaram o Irão de impor o porte de uma insígnia indumentária discriminatória aos judeus. É falso, mas causa prejuízo. Os governos estadunidense, australiano e canadiano prestaram-se ao jogo." ...


"Na sexta-feira 19 de Maio, o National Post de Toronto (Canadá) publicou um artigo do jornalista iraniano no exílio Amir Taheri: “Um código de cor para os infiéis no Irão” [1]. O autor descreve os debates actuais no Marjlis (Parlamento) por ocasião da reforma da lei de 1982 que define a decência indumentária para os muçulmanos. Ficamos a saber que, sob a influência do presidente Ahmadinedjad, um uniforme será imposto por etapas a toda a população para que cada um seja visualmente igual aquando do «regresso do imã escondido». 4,5 milhões de funcionários deverão adoptá­‑lo daqui até 2009 e 800 milhões de dólares deverão ser desbloqueados para vestir «os pobres e os necessitados». Uma lei ulterior deverá definir a aparência do rosto masculino (cabelos, barbas, bigodes). Resumidamente, o Irão estaria prestes a tornar­‑se um país totalitário. De passagem, Amir Taheri precisa que insígnias distintivas (“zonnar” em farsi) serão impostas aos não­‑muçulmanos: os judeus deverão cozer um emblema amarelo sobre as suas vestes, os cristãos um vermelho e os zoroastrianos um azul."

retirado de:
http://infoalternativa.org/midia/midia038.htm